domingo, 6 de janeiro de 2013

NOVOS PREFEITOS SE DEPARAM COM O CAOS EM MUNICÍPIOS PARAIBANOS




Evasão escolar, escolas públicas sucateadas, lixo nas ruas, falta de médicos nos postos de saúde, problemas graves de infraestrutura nas ruas, e caixas sem dinheiro suficiente para pagar a folha de pessoal e os fornecedores do município. Esses são apenas alguns dos problemas que prefeitos paraibanos estão enfrentando em menos de quatro dias de gestão.

Em Bayeux, o prefeito Expedito Pereira (PSB) diz que uma das grandes dificuldades que encontrou ao assumir a prefeitura foi a falta de pagamento da folha de pessoal, principalmente para os profissionais da educação, pensionistas e aposentados. “Temos um déficit equivalente a R$ 6 milhões no Instituto de Previdência municipal. Além disso, estamos com 13 escolas sucateadas, sem a mínima condição de acomodar os alunos da rede pública a partir de fevereiro. Mais de 15 mil estudantes abandonaram a rede municipal de ensino nos últimos 11 anos”, afirmou.

Segundo Expedito, algumas repartições municipais encontram-se sem nenhum servidor público trabalhando. “O prefeito anterior realizou concurso, mas não conseguiu preencher todas as vagas. De 1.500 aprovados na seleção, apenas 60 pessoas foram convocadas. Por isso, temos órgãos municipais vazios, sem nenhum servidor público para atender às demandas da população”.

Ele comentou sobre a situação da saúde no município. “Mais de 50% da população reclama do atendimento de saúde. Os moradores passam meses para receber apenas um exame médico, faltam médicos e os postos de saúde encontram-se completamente sucateados”. Expedito disse que uma das suas primeiras medidas à frente da gestão municipal foi realizar um ‘mutirão’ da limpeza na cidade. “Bayeux estava mergulhado no lixo”, ressaltou.

O prefeito de Santa Rita, Reginaldo Pereira (PRP), disse que recebeu de ‘presente’ da administração anterior uma dívida de R$ 300 milhões com o Instituto de Previdência Social de Santa Rita (IPEA), débito que ele considera ‘impagável’. Afirma também que a cidade deixará de receber este ano cerca de R$ 1,5 milhão do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), já que 10 mil estudantes abandonaram a rede municipal de ensino.

“As nossas escolas estão completamente sucateadas, sem banheiros, carteiras, computadores e a mínima climatização. Já os postos de saúde funcionam em prédios rústicos, sem médicos e equipamentos suficientes para atender à população. Recebi uma das piores heranças municipais. Por isso, terei que construir uma nova Santa Rita”, destacou o prefeito.

Reginaldo encontrou a cidade ‘coberta’ de lixo e com sérios problemas de infraestrutura. “50% das ruas de Santa Rita não tem pavimentação, e o trânsito da cidade está um caos. Terei que pensar em alternativas para garantir a mobilidade urbana do município”.

A prefeita de Patos, Francisca Motta (PMDB), disse que vai priorizar o atendimento de saúde no município durante a gestão. “Já acompanhava de perto as dificuldades de Patos, mas não sabia de alguns detalhes. Durante o meu mandato, terei que me voltar para todas as secretarias, mas a área da Saúde será uma das prioridades. Seja o atendimento básico, de média ou de alta complexidade”, afirmou.

Patos terá Caps com atendimento 24 horas

Segundo Francisca Motta, faltam médicos nos postos de saúde para atender os moradores do município. “Quando um médico entra de férias ou de licença, encontramos dificuldades para substituí-lo. Mas vamos tentar desafogar o atendimento de saúde a partir da conclusão de duas Unidades de Pronto Atendimento (Upas). Isso beneficiará não só os moradores de Patos, como os habitantes de outras localidades próximas ao município”.

Outro problema que preocupa a nova prefeita do município é o crescente número de dependentes químicos na cidade. “O número de usuários de drogas aumentou consideravelmente nos últimos anos. A maioria dos crimes que ocorrem na cidade é cometida por dependentes químicos. O nosso objetivo será lutar para que os Centros de Atenção Psicossocial- Álcool e Drogas (Caps-AD) passem a funcionar 24h. Atualmente, esses Caps só funcionam diuturnamente. Por isso, não conseguem ajudar no tratamento de todos os pacientes”, explicou.

Guarabira

O prefeito de Guarabira, Zenóbio Toscano (PSB), disse que encontrou a prefeitura inadimplente com o Ministério da Previdência, sem poder contrair empréstimos ou financiamentos pelo Governo Federal. Além de recuperar a estabilidade financeira do município, Zenóbio tem como metas promover concurso público para preencher cargos na administração municipal e resgatar a credibilidade da educação e dos serviços de saúde oferecidos na cidade.

“Em cerca de quatro anos, o número de alunos matriculados na rede municipal de ensino diminuiu de 8.005 para 5.100. Há escolas com geladeiras dentro de sala de aula, e os professores completamente desmotivados para ensinar. Já na saúde, o atendimento é precário. A população passa meses para receber um exame médico”, afirmou Zenóbio.

Alhandra

Em Alhandra, o prefeito Marcelo Rodrigues (PMDB) disse que está começando a administração sem dados concretos sobre o município. “Ficamos sem informações sobre a cidade, pois todos os discos rígidos (HD’s) dos computadores da prefeitura e das secretarias foram trocados. Por enquanto, estamos através do Sagres do Tribunal de Contas do Estado tentando obter essas informações, mas o que constatamos inicialmente é que a saúde e a educação da cidade estão um caos. Os postos de saúde estão sucateados e as escolas não têm condições de acomodar estudantes neste ano letivo, porque estão sem infraestrutura”, esclareceu.

Marcelo Rodrigues comentou ainda que faltam médicos e medicamentos nos postos de saúde, há muito lixo nas ruas e vários esgotos à céu aberto.

Solânea

O novo prefeito de Solânea, Sebastião Alberto Cândido da Cruz, mais conhecido como Beto do Brasil (PPS), declarou ter encontrado dificuldades em todos os setores da gestão municipal. Convocou uma ‘força-tarefa’ para limpar a cidade que, segundo ele, estava coberta de lixo, e disse que vai voltar a sua atenção para a saúde do município.

“Encontrei a cidade com os postos de saúde e a policlínica parados, sem médicos e medicamentos, e com infraestruturas péssimas”, explicou. Beto do Brasil disse que a prefeitura também está com sérios problemas financeiros. Por isso, ele terá que ‘enxugar’ gastos na administração, cortando gratificações de servidores e as despesas desnecessárias.

Cartaxo espera diagnóstico dos secretários

O prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), disse que ainda espera um diagnóstico elaborado pelos novos secretários municipais para afirmar quais são as principais dificuldades da prefeitura, atualmente. “Cada secretário fará um diagnóstico preciso de sua pasta e me passará as principais informações. No dia-a-dia, com o ritmo de trabalho, chegaremos a uma conclusão detalhada sobre as dificuldades de cada setor”, esclareceu.

O petista afirmou que, nesses primeiros dias de governo, a prefeitura tem trabalhado bastante e dialogado com o secretariado para compor as primeiras ações. “A nossa prioridade é executar obras em áreas fundamentais, como a saúde, a educação, a segurança e a habitação. Vamos investir em capacitação para dar uma resposta rápida às demandas reivindicadas pela sociedade”.

Campina Grande

Em Campina Grande, o prefeito Romero Rodrigues (PSDB) vem enfrentando sérios problemas financeiros herdados da última gestão. “Como a prefeitura está inadimplente, não poderemos implantar nenhum programa novo na cidade até regularizar a situação. Ao assumir, encontrei débitos com folha de pagamento, 13° salários de efetivos, dívidas previdenciárias e com empréstimos consignados. Além disso, encontrei 99% do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) comprometido com a folha de pagamento. Essa é uma situação gravíssima, mas que lutarei para resolver”, afirmou.

Desde o dia 2 de janeiro, Romero realiza um ‘mutirão’ para limpar a cidade, que encontrou coberta de lixo. “As dificuldades existem em vários setores da administração. A infraestrutura da cidade está danificada, com as ruas cheias de buracos. No dia 1°, os estoques de medicamentos e de gêneros alimentícios dos postos de saúde estavam completamente zerados”, informou.


FONTE: DO CORREIO DA PB

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