Conselhão sugere que Lula indique Pastoral da Criança para concorrer ao Nobel da Paz

O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o Conselhão, aprovou nesta segunda-feira (25) uma moção que pede ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que indique a Pastoral da Criança ao prêmio Nobel da Paz neste ano. Seria uma maneira de homenagear ao trabalho da fundadora da pastoral, Zilda Arns, que morreu no terremoto que atingiu o Haiti no último dia 12. Ela foi atingida por escombros quando dava uma palestra em uma igreja de Porto Príncipe, capital haitiana.Na moção, o Conselhão lembra que a atuação da Pastoral da Criança já foi indicada quatro vezes para concorrer ao Nobel da Paz, e que tem ajudado na redução da mortalidade infantil, servindo de modelo em 15 países. O CDES está reunido em Balém (PA) com os representantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da União Européia.“O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República, órgão representativo da sociedade brasileira, recomenda indicar a Pastoral da Criança ao Prêmio Nobel da Paz, na edição 2010, entendendo que sua importância para a redução das desigualdades sociais e da mortalidade infantil e para o fortalecimento da cultura da paz e da cidadania nos países que sofrem com os impactos da pobreza habilita esta experiência a receber o reconhecimento internacional por meio da premiação”, diz o texto da moção.VelórioZilda Arns foi velada no último dia 15 em Curitiba (PR), numa cerimônia que contou com a presença de ministros de do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Na ocasião, Lula anunciou que iria pedir um prêmio Nobel da Paz 'pós-mortem' para a médica brasileira. Ele anunciou também que vai criar um prêmio nacional com o nome dela para premiar pessoas envolvidas com ações de segurança alimentar no país."Eu disse à família que todos vão chorar pelo que aconteceu, mas o que a Zilda pregou durante a vida dela, eu espero que tenha ficado gravado na mente das pessoas. E que todos nós sejamos mais solidários", afirmou o presidente depois de participar do velório.
G1